PARA HOJE / 30.JUN

Alguém fazia uma pergunta muito desafiadora a outro que lhe dizia que não é possível ser feliz neste mundo, porque basta abrir os olhos e ver as desgraças que nos rodeiam. Então o primeiro perguntava: "O mal e o sofrimento comovem-te ou incomodam-te?" E isto é muito sério, porque se estou instalado incomodam-me mas depois fico tristíssimo, digo mal da vida, chamo nomes aos outros... Mas se o mal me comove leva-me a agir, move-me com... e então o sofrimento não é uma desgraça, é algo que me leva a sair de mim e a fazer alguma coisa pelos outros.
Vasco P. Magalhães, sj
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PARA HOJE / 29.JUN

É positivo termos tido nas nossas vidas momentos de sofrimento e de perda, porque nos ajudam a crescer, a ser quem somos, a não nos enganarmos, a não passarmos cheques falsos de nós próprios. Quantas vezes nesses momentos é que se abriram os nossos olhos para ver a realidade, não a imaginada por cada um, mas como efectivamente é, com a noção não só do que valemos mas também das oportunidades que temos à mão.
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PARA HOJE / 28.JUN

Pensemos na beleza daquelas pessoas que têm a consciência de que as suas vidas parecem todas trocadas e que não devia ser assim, mas que são capazes de pegar nelas e fazer das suas existências aparentemente fracassadas quase uma obra de arte, uma obra de ternura e de entrega, sem se sentirem mutiladas nem falhadas porque as coisas não correram como podiam ter corrido. Esses é que são os grandes corajosos, os heróis da vida, os ressuscitados.
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PARA HOJE / 27.JUN

Quem julga que não é capaz de nada e que não tem nada para dar aos outros (o que é sempre um erro de leitura da sua própria realidade) entra em desespero. Experimentar que se tem qualquer coisa para dar aos outros é profundamente humanizante. Mesmo quando nos sentimos de mãos vazias devemos saber que pelo menos podemos dar ao outro essas mãos vazias para o acolher. Disponibilizarmo-nos para receber o outro é uma forma de dar.
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PARA HOJE / 26.JUN

O problema não é se dói ou se não dói, é como é que vivo a dor, com que sentido, com que integração, com que compreensão dos outros, avaliando em que medida é que essa dor me ajuda a crescer e a humanizar-me. Porque eu posso estar de óptima saúde e ser um triste no pior dos sentidos.
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PARA HOJE / 25.JUN

O sofrimento é a experiência da perda e da falta! Quando experimentamos que nos falta algo que nos parece essencial à vida e ao amor, sofremos. A questão não é sofrer ou não. Como se fosse mais justo um mundo sem sofrimento! A questão é sofrer com sentido ou cair na frustração, na autodestruição, porque o sofrimento com sentido, aquele que é transformado pelo amor, é sinal de crescimento e de comunhão. Quando sofro mais ganho a outro nível com a perda que experimento, quando sofro para que haja amor e perdão, esse sofrimento transforma-se em alegria.
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PARA HOJE / 24.JUN

O que é ser próximo, ser amigo? É estar tão perto do outro que se entende bem como vive, o que sofre, as suas alegrias e os seus problemas, e ao mesmo tempo é estar tão longe que se pode intervir com liberdade e objectividade. Se estou demasiado perto, passo os problemas para mim, não posso agir e fico dependente, se estou demasiado longe, não entendo o que se passa! Resolver os problemas do outro é paternalismo, ficar com eles é infantilismo.
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PARA HOJE / 23.JUN

Uma das grandes fontes de sofrimento é a nossa falta de solidariedade, num mundo em que não recolhemos o homem caído à beira da estrada. O sofrimento aumenta extraordinariamente quando aceitamos um mundo individualista, em que não se é solidário com o próximo, em que o outro é visto como um concorrente ou um perigo. Por um lado não queremos sofrer, mas por outro lado queremos ter o direito a separarmo-nos, a não ligar nenhuma aos outros, a fazer o que nos apetece. Queremos um mundo individualista, pragmático, plastificado, em que não tenhamos responsabilidade nenhuma por ninguém, em que cada um possa fazer tudo o que quiser, desde que eu não sofra!
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PARA HOJE / 22.JUN

Às vezes até arrepia estar a falar da alegria a uma pessoa que está a sofrer e que nessa altura não vê nada, sente tudo escuro e negro à sua roda. É muito difícil consolar as pessoas. Podemos acompanhar e partilhar o sofrimento, mas querer resolvê-lo dando umas palavrinhas de consolo, isso não resolve, infantiliza! Pode-se é solidariamente compartilhar a dor, entrar por essa porta em comunhão com o outro e ajudá-lo a sair para a luz por essa mesma porta da dor que nos amadurece. O grande caminho para a integração e a superação do sofrimento é cultivar as boas relações, a relação de amor.
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PARA HOJE / 21.JUN

Perante o sofrimento, há a atitude da pessoa desencantada, de que tudo isto está enganado, e a da pessoa perfeccionista, que vê o mundo mal feito, que não devia ser assim, mas também há uma atitude muito bíblica e humana, que é a de estar na vida como um peregrino, em processo de crescimento, e perceber tudo como dores de parto e a dor como o preço da caminhada, do crescimento. O que faz o peregrino não desistir perante as dores (físicas, morais, espirituais) mas enfrentá-las, é o objectivo que ele quer alcançar, pelo qual vale a pena pôr-se de pé e caminhar de novo.
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PARA HOJE / 20.JUN

A pergunta sobre o sofrimento nunca é porquê, mas para quê? A pergunta não é como começou, mas como acaba, para onde vai. Aonde é que nos leva? E pode haver alguma descodificação do sofrimento se nos habituarmos a fazer a pergunta mais séria do ponto de vista humano e espiritual: "Para onde vamos?" O sofrimento não se explica com a ideia do castigo, explica-se por ser a interioridade de um processo de transformação. É mais um "para quê?", "o que é que podemos tirar daí?" Fazemos muitas vezes a pergunta filosófica, buscando as causas, é o tal "porquê?" Olhamos para trás quando devíamos olhar para a frente, para onde é que leva ou para onde pode levar. Essa é a pergunta de quem se liga ao Criador, mais espiritual, e sabe que o mundo não acabou. É mais saudável perguntar pela finalidade do que pela origem! E se o sofrimento é o avesso do amor e coincide com a história humana, se a acompanha, só se pode perceber interrogando-o, caminhando com ele, fortalecendo-nos nele. Resolvê-lo é que não se pode, como não se pode resolver a vida, como não se pode resolver o amor. Mas pode-se fazê-lo florescer, pode-se tirar partido.
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PARA HOJE / 19.JUN

Há que aprender a viver com o sofrimento e a fazer dele uma força e uma forma de crescimento. Aprender a tirar proveito do sofrimento, por pior que seja, não vou fingir, não vou iludir, vou aprender, vou crescer, vou ver aonde é que isto me leva. O sofrimento dá-nos uma grande compreensão de nós próprios, uma grande compreensão dos outros e uma grande abertura ao futuro. Claudel, como poeta, criou uma imagem muito bonita: o sofrimento, simbolicamente, é como uma porta, porque é pelo sofrimento que podemos sair de nós próprios e pelo sofrimento podemos deixar entrar o outro. A porta do amor, a porta da alegria!
Vasco P. Magalhães, sj
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PARA HOJE / 18.JUN

A perda de sentido gera sofrimento. Quando não se percebe porque é que se vive ou para que é que se vive, há uma espécie de eclipse, uma experiência da noite espiritual, que gera hoje tantas depressões e stress, em que a pessoa não percebe o que está a acontecer. Aqui, sim, posso ajudar o outro a encontrar o sentido da sua vida, o valor, o para quê. Outra fonte de sofrimento é a desordem interior, a perda de equilíbrio pessoal, que acontece de tantas maneiras quando a pessoa perde a sua unidade e a continuidade da sua história, quando desintegra aspectos da sua vida.
Vasco P. Magalhães, sj
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PARA HOJE / 17.JUN

Deus é bom, mas não é bom à nossa maneira, é bom de outro modo. É infinitamente respeitador do amor e da liberdade, não contradiz a nossa liberdade, que é o que Ele mais respeita, porque se assim não fosse éramos manipulados. A origem última do mal e do sofrimento é a nossa liberdade. Um Deus bonzinho se calhar não nos tinha feito livres, tinha feito de nós uns soldadinhos de chumbo ou tinha-nos feito de plástico, sem sofrimento, mas também sem alegria, sem criatividade, incapazes de amar.
Vasco P. Magalhães, sj
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PARA HOJE / 16.JUN

O perdão é criativo e inovador. É o filão do Novo Testamento, a forma sublime de amar o inimigo. Perdoar é re-criar! A garantia do futuro da criação. O filho mais velho da parábola representa um Antigo Testamento que não avança, que desliga a justiça do perdão, que é fiel, mas não por amor. Precisa que lhe mostrem a outra face. Não parece sensível às dores do pecador. Fechado em si, não entende o pecado do mais novo nem o perdoa.
Vasco P. Magalhães, sj
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PARA HOJE / 15.JUN

Per-doar é da minha parte e o outro pode não querer, mas é doar, apesar de tudo, uma nova oportunidade, um abrirmo-nos e oferecermo-nos para recomeçar uma relação. O perdão tem a ver com a relação, a reconquista da relação. Isto não se consegue de um dia para o outro, nem através de um contorcionismo de sentimentos, como se uma pessoa que me é antipática tivesse de começar a ser-me simpática... Significa começar a fazer a caminhada no sentido de reestabelecer relações perdidas, estragadas. Posso perdoar alguém que continua a ser-me antipático e vice-versa. Perdoar significa que me disponho a ter uma relação construtiva com esse alguém, a doar-lhe o meu coração e a minha abertura, a estabelecer a ponte. O perdão é isso. Não é um esquecer ou um abafar de sentimentos. Não é um mero desculpar. É uma ponte que se pode lançar até no silêncio.
Vasco P. Magalhães, sj
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