Vivemos num mundo interesseiro, onde até o amor é cobrado. Diz-se: "Tu tens obrigação de fazer isto, eu dei-te aquilo." Ora o amor é gratuito, não gera dívidas nem obrigações legalísticas. Aquele que o recebe, se é bem formado e livre, experimenta no seu interior o sentido do agradecimento e da retribuição, mas nunca por se cobrar uma dívida. Cobrar os afectos é muito característico de um mundo sem transcendência, inseguro.
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